quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Corpos Disidentes no Escena Contemporânea


Nut Teatro apresenta no Teatro El Canto de la Cabra, de Madrid, o espectáculo Corpos Disidentes, integrado na programação do Escena Contemporânea, entre 31 de Janeiro e 3 de Fevereiro.

Nut Teatro é uma companhia galega que criada em 2006. Corpos Disidentes é o seu primeiro espectáculo estreado em Janeiro de 2007 no Teatro Principal de Santiago de Compostela, tendo depois realizado uma digressão que percorreu as principais cidades da Galiza. Posteriormente apresentaram 4,48 Psicosis da autora britânica Sarah Kane, e em Dezembro de 2007 A mirada de Pier, o último trabalho da companhia.

Corpos Disidentes é um espectáculo multidisciplinar que mistura diferentes códigos como a dança, a performance, a instalação e o audiovisual com o teatro. Nele se aborda a identidade como conceito, de uma perspectiva no femenino, partindo da consideração do corpo como realidade obsoleta e da(s) identidade(s) como construção(ões) sócio-simbólica(s).

Ficha artística

Direcção: Carlos Neira Noya

Interpretação: Iria Sobrado, Xiana Carracelas, Arantza Villar, Nerea Barros

Textos: NUT TEATRO / VNS Matrix (Manifiesto de la zorra mutante)

Video: Ignacio de la Cierva

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Teatro Taborda acolhe companhia portuense


O Teatro da Garagem faz o acolhimento de duas produções da companhia portuense Assédio, no Teatro Taborda: O Corte e O Produto. São dois textos de Mark Ravenhill montados no ano passado pela Assédio e que poderão agora ser vistos pelo público de Lisboa. O Corte, que integrou a programação oficial do XXX FITEI, será apresentado nos dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro, e O Produto estará em cena nos dias 2 e 3 de Fevereiro.


O Corte
, de Mark Ravenhill

Paul é um alto funcionário do Estado. Aparentemente razoável e cioso dos trâmites da Administração, Paul aplica o Corte, uma punição cirúrgica ancestral que a opinião pública há muito critica e que a sua própria família combate. Susan, a sua mulher, vive ensimesmada em dramas domésticos desproporcionados, que amortece com calmantes, enquanto Stephen, seu filho, se envolve em movimentos estudantis pela abolição do Corte. O retrato oblíquo desta família revela uma preocupação latente com o conforto e com a cordialidade, como se fossem o substituto natural do afecto. Quando o poder troca de mãos, perante a força da mudança política e a exigência de que se prestem contas, Paul passa a ser o réu justo, ou o bode expiatório, face a um novo quadro de valores e a um novo modelo de humanidade. O carácter precário das instituições e da consanguinidade é posto a nu, num texto que alia o humor e a imprevisibilidade a um amplo conhecimento das relações.


FiCHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Tradução Constança Carvalho Homem

Encenação João Cardoso

Cenografia Sissa Afonso

Figurinos Bernardo Monteiro

Desenho de Luz Nuno Meira

Sonoplastia Francisco Leal

Interpretação Diana Couto, Hélder Guimarães, João Cardoso, Luciano Amarelo, Rosa Quiroga e Sandra Ribeiro


O Produto
, de Mark Ravenhill

Amy é uma jovem executiva de topo. Vítima indirecta do atentado de 2001 às Torres Gémeas, Amy carrega a morte de Troy como uma ferida por estancar. De regresso a Londres depois de uma viagem de trabalho, Amy conhece Mohammed, um muçulmano misterioso que lhe oferece boleia e com quem rapidamente se envolve. Até descobrir que Mohammed integra um corpo de suicidas da Jihad cuja missão é fazer explodir alguns dos mais célebres monumentos europeus… É este o mote para o delírio. James encarna a figura do produtor de cinema a quem apareceu um argumento vencedor. Entre o entusiasmo, o autismo e a total falta de bom-senso, e perante uma interlocutora calada e impaciente, James vai revelando os episódios insólitos do enredo e tentando aliciar Olivia, a actriz em ascensão que escolheu para protagonista. O que é, então, este produto? Uma visão caricaturada e hiperbólica da receita para os sucessos de bilheteira.

FiCHA ARTÍSTICA E TÉCNICA


Tradução Constança Carvalho Homem

Encenação Rosa Quiroga e João Cardoso

Cenografia Sissa Afonso

Figurinos Bernardo Monteiro

Desenho de Luz Nuno Meira

Sonoplastia Francisco Leal

Interpretação João Cardoso e Micaela Cardoso

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Goldoni por Corsetti




Chegou pela mão de Ricardo Pais para afrontar a pesada herança de Os Gigantes da Montanha, de Luigi Pirandello (1997), e regressaria, três anos depois, para a encenação da trilogia das Barcas, de Gil Vicente, monumento luso-dramático submetido a uma operação de desmistificação que só um olhar estrangeiro lograria alcançar. Espectáculos marcantes, que muito rapidamente conquistaram um lugar cativo na memória afectiva do TNSJ, também porque neles se evidenciavam alguns sinais distintivos do nosso projecto artístico: a articulação de imaginativos e plurais jogos cénicos com uma rigorosa direcção de actores. Encenador muito cá de Casa, era mais ou menos inevitável que Giorgio Barberio Corsetti a ela tornasse, agora para nos ajudar a ler o nosso primeiro Goldoni, dramaturgo também ele italiano, prolixo na regularidade e no génio, reformador da comédia europeia, precursor de um teatro do quotidiano. O Café (La bottega del caffè, 1750) – um dos exemplos maiores da sua arte, material exigente para confronto e crescimento de uma trupe de actores que nos é tão familiar – é aqui revisto e desestabilizado por Corsetti, apostado em desocultar as suas pulsões mais secretas, situando-o numa abstracção que dá pelo nome de Veneza, lugar intranquilo agitado por águas que escondem profundidades insondáveis.

O Café
de >> Carlo Goldoni
tradução >> Isabel Lopes, Fernando Mora Ramos
cenografia e encenação >> Giorgio Barberio Corsetti
cenografia e figurinos >> Cristian Taraborrelli
música (interpretada ao vivo) >> Vítor Rua
desenho de luz >> João Coelho de Almeida

elenco
Alberto Magassela >> Pandolfo, dono de uma casa de jogo
Fernando Moreira >> Flamínio, sob o título de Conde Leandro
Inês Mariana Moitas >> Plácida, mulher de Flamínio, vestida de peregrina
Ivo Alexandre >> Dom Márcio, cavalheiro napolitano
Joana Manuel >> Vitória, mulher de Eugénio
João Castro >> Trapaça, criado de Ridolfo
Jorge Mota >> Ridolfo, dono de um café
Jorge Vasques >> Cabo da Guarda
Lígia Roque >> Lisaura, bailarina
Paulo Freixinho >> Eugénio, mercador
Alexandra Gabriel >> Empregada do Café
Antony Fernandes >> Camareiro da Hospedaria; Um Guarda
Eurico Santos >> Barbeiro; Camareiro da Hospedaria; Um Guarda
Freddy Trinidad >> Camareiro da Hospedaria; Um Guarda
Miguel Rosas >> Aprendiz de Barbeiro; Camareiro da Hospedaria; Um Guarda
Susana Gonçalves >> Empregada do Café

assistência de encenação >> Raquel Silva
preparação vocal e elocução >> João Henriques

Até 24 de Fevereiro no Teatro Nacional S. João

domingo, 27 de janeiro de 2008

Erre que erre no Escena Contemporanea



O colectivo Erre que erre esteve no Chile a efectuar uma residência para a nova produção no Escenalborde, plataforma de artes cénicas contemporâneas de Valparaíso. Erre que erre é um colectivo de criadores e intérpretes que desenvolvem o seu trabalho a partir da criação e experimentação de novas formas e concepções da dança e do movimento.

No regresso a Espanha, apresentará entre 29 e 31 de Janeiro, no Escena Contemporanea de Madrid, Escupir en el tiempo, um espectáculo que fala de celebrações, do futuro e dos segredos que continuam por revelar, segredos que consistem em dilatar o tempo dos momentos especiais, pará-lo alguns instantes. Um espectáculo festivo e solene, que actua como gerador de referências visuais que perduram no pensamento, com o corpo como ferramenta e veículo de expressão, o movimento como linguagem e a necessidade de comunicar como última finalidade.

Escupir en el tiempo tem coreografía e interpretación de Susana Castro, Teresa Navarrete, Mª Ángeles G. Angulo, Mario G. Sáez, Maria M. Cabeza de Vaca e Guillermo Weickert.

Em 2006 a companhia celebrou dez anos de trajectória e deu forma a Escupir en el tiempo, uma proposta onde a dança se contamina de outras linguagens e formas de expressão.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Brecht pelo Teatrão


Termina amanhã, dia 27 de Janeiro, em Coimbra a apresentação de O Círculo de Giz Caucasiano, produção de 2007 de O Teatrão, com encenação de Marco António Rodrigues, encenador brasileiro que já trabalhou com o grupo e que apresentou no FITEI de 2006 Otelo, que dirigiu na companhia de S. Paulo Folias d’Arte.

O Círculo de Giz Caucasiano é uma peça escrita em 1943/1945, quando Brecht, na América do Norte, via cheio de esperanças, os primeiros sinais de Hitler a vergar os joelhos. Esta é, portanto, no nosso entender, uma peça solar, uma ‘comédia’ luminosa. É o alívio do pândego, dos sem vintém, dos que, uma vez tudo perdido, face à terra arrasada por Hitler et caterva, nada mais têm a perder. Passada a ameaça da besta-fera, preservada a vida, para quê chorar sobre os escombros?! O trabalho de reconstrução vai demandar tempo, energia, poesia e sobretudo bom-humor.É uma peça dentro da peça “uma velha lenda chinesa representada com bonecos, máscaras e músicas” logo alerta o narrador ao final do prólogo. Enfim, uma brincadeira de actores, mímicos, bufos, saltimbancos, acrobatas, a representar bêbados, mendigos, salteadores, prostitutas, falhados, lavradores, lumpens e afins, os ventados da história, a imaginar, a magicar, qual poderia ser o melhor cultivo da terra que está exausta e espera à sua frente, daí para adiante. Ninguém pode saber, pode apenas imaginar, espreitar o que de melhor há a plantar, porque pura e simplesmente a colheita está no futuro e o futuro é um tempo inumano, o tempo que ainda não existe. Mas é justamente naquela falha da história, naquela brecha que se abriu por conta dos incêndios, das catástrofes, das guerras, que se instala o momento das mágicos e do refazimento.

Marco António Rodrigues, no Programa da peça.

Brecht escreveu O Círculo de Giz Caucasiano entre 1943/45, no final da Segunda Guerra Mundial, durante o seu exílio nos EUA. Nesta obra, o dramaturgo coloca, em forma de prólogo, uma discussão entre dois grupos de russos, em torno dos direitos sobre uma propriedade a que voltam após o afastamento das forças nazis. A questão, posteriormente desenvolvida na acção principal da peça, centra-se em saber sobre que princípio deve o caso ser estabelecido? Para isso, Brecht constrói uma fábula, de inspiração oriental. Durante a guerra civil, o filho do governador é abandonado pela sua mãe e criado por uma ajudante de cozinha, Gruscha. À semelhança de Shen-Té (A Boa Alma de Tsé –Chuan), Gruscha é levada a praticar acções erradas por necessidade. Por causa da criança, foge e acede a casar-se com um pretenso moribundo. Este, depois do casamento, volta à vida e quando o noivo de Gruscha retorna da guerra, encontra-a casada e, aparentemente, mãe. Gruscha não tem oportunidade de explicar o sucedido e tudo aquilo que fez por “bons motivos” acaba por ser mau para ela, bom para o menino. Na segunda parte, Brecht apresenta-nos Azdak, um trapaceiro que, pelas vicissitudes da guerra se torna juiz. Realiza os julgamentos num tempo de desordem, favorecendo os explorados. Mas a ordem é restabelecida e Azdak, que continua Juiz, tem de julgar o caso de Gruscha, acusada pela mulher do governador de ter roubado o seu filho. Azdak recorre à prova do círculo de giz para identificar a mãe. Gruscha desiste de puxar para si a criança e Azdak encontra nela a mãe verdadeira. Acaba ainda por divorciá-la para que fique livre.

Círculo de Giz Caucasiano

de Bertold Brecht

Encenação Marco Antonio Rodrigues

Interpretação Adriana Campos, Cláudia Carvalho, Filipe da Costa, Filipe de Góis, Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Castro Gomes, Margarida Sousa, Mariana Nunes, Pedro Lamas, Ricardo Brito e Rosa Marques


O Teatrão - Museu dos Transportes – Coimbra

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

FITEI recebe Prémio Max Hispanoamericano de las Artes Escénicas

O FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica foi distinguido com o Prémio "Max Hispanoamericano de las Artes Escénicas". A cerimónia de entrega do Prémio decorre no dia 4 de Fevereiro, no Teatro Lope de Vega de Sevilla, Espanha.

A atribuição do prémio deste ano ao FITEI foi decidida por unanimidade pelo comité organizador. O Prémio "Max Hispanoamericano de las Artes Escénicas" é concedido, por designação directa, ao "espectáculo, entidade, companhia ou profissional hispano-americano que mais se destaque pela sua contribuição ao mundo das artes cénicas". O FITEI junta-se assim a um quadro de honra do qual já fazem parte Alicia Alonso (1998), Héctor Alterio (1999), o Festival Iberoamericano de Cádiz (2000), Les Luthiers (2001), o Teatro General de San Martín (2002), Marco Antonio de la Parra (2003), o Festival Internacional Cervantino de Guanajuato (2004), Fanny Mickey (2005), Víctor Hugo Rascón Banda (2006) e Julio Bocca (2007).

Os Premios Max de las Artes Escénicas, uma iniciativa da Fundación Autor y la Sociedad General de Autores y Editores (SGAE), consolidaram-se como um dos maiores reconhecimentos aos profissionais de teatro e dança de Espanha, dado que os seus próprios companheiros de profissão integram o corpo eleitoral.

Em 2008 os Premios Max celebram a sua 11ª edição e, para além das 23 categorias a concurso, a organização concede três prémios de designação directa: Nuevas Tendencias, Hispanoamericano de las Artes Escénicas e Premio de Honor. São concedidos ainda o Premio Max de la Crítica e o Premio al Espectáculo Revelación.

O FITEI realiza-se ininterruptamente na cidade do Porto desde 1978. Nas suas 30 edições, foram representadas 583 peças e realizados 1.305 espectáculos, para um total de 803.949 espectadores, para além de inúmeras de Actividades Paralelas, Actividades Extra Programa e espectáculos em extensão.
A partir de 2005 o Festival inicia-se a apresentar outros discursos artísticos, programando performances, exposições e instalações em contextos paralelos. Este novo impulso ao Festival para além de permitir abrir o leque de propostas artísticas, contribuiu em muito para a captação de novos e diversificados públicos.

Mário Moutinho, presidente e director artístico do Festival irá receber o galardão na cerimónia de entrega dos Prémios que decorre no dia 4 de Fevereiro, no Teatro Lope de Vega de Sevilla, Espanha.

Para saber mais sobre os Premios Max:
http://www.sgae.es/home/es/Home.html
http://www.premiosmax.net/

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Cândido ou o Optimismo


Cândido ou o Optimismo estreia dia 24 de Janeiro no Teatro Maria Matos, em Lisboa.

Encenação de Cristina Carvalhal a partir de Voltaire, estará em cena até 24 de Fevereiro.


Uma fábula sobre as aventuras de Cândido, um rapaz de raciocínio recto e espírito límpido que, por meio de um traiçoeiro pontapé no traseiro, se vê subitamente mergulhado na vida adulta. Este é o início de uma longa viagem à volta do mundo que o levará a experimentar a guerra, a ser supliciado pela inquisição, a atravessar a América a pé, a conhecer o El Dorado, a ficar milionário e a retornar à pobreza. E contudo, optimista por educação, Cândido, procurará a todo o custo continuar a acreditar que este é o melhor dos mundos possíveis.


encenação Cristina Carvalhal
dramaturgia Ana Vaz, Cristina Carvalhal e Cucha Carvalheiro
Cenário Ana Vaz
Figurinos Ana Vaz e Maria Gonzaga
Música Sérgio Delgado
Desenho de Luz Daniel Worm
Movimento Tiago Porteiro
Apoio Vocal Rui Baeta
interpretação Catarina Requeijo, Cucha Carvalheiro, Gonçalo Waddington, José Airosa, Miguel Fragata, Sérgio Praia e Vítor de Andrade
produção executiva Mafalda Gouveia


co-produção Causas Comuns e Teatro Maria Matos
De 24 de Janeiro a 24 de Fevereiro

domingo, 20 de janeiro de 2008

Daniel Abreu e Centro Coreográfico Galego

O Centro Coreográfico Galego (CCG) e a Companhia Daniel Abreu estrearam no passado dia 18, no Teatro Ensalle de Vigo, o espectáculo NEGRO, um trabalho intimista dirigido pelo coreógrafo das Ilhas Canárias, interpretado por ele mesmo e três bailarinas galegas radicadas em Madrid, Andrea Quintana, Janet Novas e Anuska Alonso.

O trabalho fundamenta-se no corpo como único instrumento motor de toda sensação. Classificada como dança contemporânea e improvisação, a montagem construi-se partindo das experiências dos intérpretes e da sua memória.

Nas palavras de Daniel Abreu, esta peça “não fala do envólocro da pele nem do que veste, mas sim do que essa pele vê, o que a assusta e transforma, o que a desperta e o que a adormece”

NEGRO tem música original de Miguel Gil, Haru Mori e Masahiro Hiramoto.

O espectáculo, que permanecerá na sala de Vigo todo o fim de semana, será apresentado também no Salón Teatro de Santiago de Compostela, nos próximos dias 26 e 27 de Janeiro.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Festival de Teatro Contemporâneo em Madrid


Entre 28 de Janeiro e 24 de Fevereiro acontece em Madrid o Festival Escena Contemporânea – VIII Festival Alternativo de las Artes Escénicas.

O Festival Escena Contemporánea oferece a posibilidade de conhecer e participar nos processos cénicos mais vanguardistas em gestação na actualidade. Propostas inovadoras e arriscadas que formam uma visão teatral, que nesta edição pretende abrir-se a todos os públicos, desde o mais interessado por este tipo de teatro, mas também aqueles que decidam conhecer o amplo leque do que se pode desfrutar hoje em dia na vertente mais alternativa das artes cénicas.

Programação geral e outras informações em:

http://www.escenacontemporanea.com/

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

BONECA de Ibsen em Braga e Guarda


Nora Helmer pediu emprestada, em segredo, uma larga soma de dinheiro para que o marido pudesse recuperar de uma doença grave. Nunca lhe falou do empréstimo que secretamente foi pagando com o que poupara. Quando é nomeado director do Banco Comercial, a primeira medida do seu marido é despedir um homem cuja reputação tinha sido desgraçada por forjar a assinatura de um documento. Este homem, Nils Krogstad, é a pessoa a quem Nora pediu o dinheiro emprestado. Nora também forjou a assinatura do seu pai para conseguir obter o dinheiro. Para defender o emprego, Krogstad ameaça revelar o crime de Nora e, assim, destruir a vida do casal. Nora tenta influenciar o marido mas, para ele, Nora é uma criança que não compreende decisões de negócios. Desesperada, prepara-se para a descoberta da verdade pelo marido.

Texto: Henrik Ibsen (a partir de “Uma Casa de Bonecas”)

Tradução: Fernando Villas-Boas
Encenação: Nuno Cardoso

Assistência de encenação: Paula Garcia

Design luz: José Álvaro Correia
Cenografia: F. Ribeiro

Figurinos: Storytailors

Sonoplastia: Rui Dâmaso
Apoio ao movimento: Marta Silva

Com: Ana Brandão, Flávia Gusmão, José Neves, Lúcia Maria, Peter Michael e Sérgio Praia

Direcção de produção: Ada Pereira da Silva
Produção executiva: Marina Freitas
Gestão do projecto: Cassiopeia, Desenvolvimento de Projectos Culturais, Lda.
Co-produção: Cassiopeia, Desenvolvimento de Projectos Culturais, Lda., Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), Teatro Nacional D. Maria II e Theatro Circo (Braga)

Theatro Circo – BRAGA
11 e 12 de Janeiro, 21h30

Teatro Municipal da Guarda
19 de Janeiro – 21h30

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Audição | Actores

A Inestética companhia teatral pretende seleccionar para o próximo espectáculo da companhia:

ACTOR 30-50 ANOS ACTRIZ 20-35 ANOS
com experiência profissional

Disponibilidade imediata
Ensaios JAN-FEV 08 Espectáculos MAR 08
Local VILA F. XIRA
Projecto remunerado

Inscrições http://www.inestetica.com/

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Ionesco no cartaz de Madrid




O Centro Dramático Nacional (Madrid) estreia esta semana na sala Princesa do TEATRO MARIA GUERRERO Delirio a dúo, versão e encenação de Salva Bolta com Jeannine Mestre e Gerardo Malla. A montagem, que conta com cenografia e guarda-roupa de Ana Garay e desenho de luz de Juan Gómez-Cornejo, gira em torno da curiosa pergunta que leva a um homem e uma mulher a discutir violentamente: a tartaruga e o caracol são o mesmo animal? Enquanto eles se afundam em discussões, no exterior ouvem-se os ecos de uma guerra que por vezes parece afectá-los, ainda que apenas na prática quotidiana.


Delirio a dúo põe em jogo as relações entre linguagem e realidade. "Mas para lá da simples lógica entre o verdadeiro e o falso, percebe-se como a veemência das linguagens personalizadas rivaliza com a violência da história impessoal", dizem os responsáveis desta montagem onde se procurou respeitar, acima de tudo, a palavra de um dos grandes do teatro europeu do Século XX. Para Eugène Ionesco, o cómico, sendo intuição do absurdo, é mais desesperante que o trágico, porque nos oferece uma saída. Segundo o autor, as personagens não podem comunicar entre elas, senão por meio da violência. "As palavras são descartadas como inúteis e falsas", dizia. E sublinhava: "Ás vezes, alguns dos meus personagens são cómicos porque são ridículos na sua maneira de ser humanos, porém eles não sabem".


Delirio a dúo
Eugène Ionesco
Encenação: Salva Bolta

Elenco:
Gerardo Malla (Él)
Jeannine Mestre (Ella)


Teatro Maria Guerrero / Sala de la Princesa
10 de Janeiro a 17 de Fevereiro de 2008

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Copi pelos Lliure


© Ros Ribas


Um casal homossexual e seus vizinhos celebram a noite de fim de ano entre ataques de nervos, grandes amores e insultos devastadores. Um êxito destacado do Festival de Aviñón 2006, que Marcial di Fonzo Bo volta a dirigir, desta vez com actores da companhia do Teatre Lliure.

La torre de la défense
de Copi
Encenação de Marcial Di Fonzo Bo


Tradução do francês Guillem-Jordi Graells
Adaptação Marcial Di Fonzo Bo

IntérpretesChantal Aimée Daphnée
Ruben Ametllé Micheline
Joan Carreras Luc
Tony Corvillo Ahmed
Julio Manrique Jean
Andrew Tarbet John


Produção Teatre Lliure a partir da produção original do Théâtre National de Bretagne – Rennes, um espectáculo em francês criado em MC93 de Bobigny em Abril de 2005 co-dirigido por Marcial Di Fonzo Bo y Elise Vigier

Sala Fabià Puigserver (Barcelona)
Até 20 de Janeiro

domingo, 6 de janeiro de 2008

Teatro Plástico volta a encenar Becket


Depois de "Eu não" com Romi Soares, apresentado no Passos Manuel, Francisco Alves volta a encenar um texto de Samuel Becket: "Catástrofe", escrito em 1982 para o Festival de Avignon, na noite de homenagem a Vacláv Havel.


"Ao pôr em cena os principais agentes do processo teatral durante um ensaio geral de um dramatículo beckettiano, "Catástrofe" questiona directamente o acto teatral através de uma parábola sobre os dilemas e paradoxos do acto criativo e expõe as dinâmicas inerentes ao processo teatral, apresentando com extraordinária ironia os limites e possibilidades de uma arte sempre incompleta e em permanente construção."


Teatro Helena Sá e Costa

4 a 18 de Janeiro - 21h30


Texto: Catastrophe

Autor: Samuel Beckett

Encenação e Direcção Plástica: Francisco Alves

Interpretação: Rute Miranda, José Carretas e António Júlio

sábado, 5 de janeiro de 2008

A Afilhada de Santo António


"A Afilhada de Santo António", texto de António Torrado e encenação de João Mota, estreia na Comuna Teatro de Pesquisa no próximo dia 10 de Janeiro.


Santo António de Lisboa, o nosso Santo Antoninho da devoção popular, suporta uma carga de preocupações em cima que não se faz ideia. Antes de mais, a responsabilidade de andar com o Menino ao colo. Depois as súplicas dos muitos devotos que – aqui entre nós – às vezes, abusam dos pedidos. Nem um santo aguenta! Não dá para tudo, mas faz os possíveis…Por exemplo: derrete-se-lhe o coração, quando uma afilhada, Antónia de seu nome, Pobre e órfã, lhe pede auxílio para o seu desamparo.O santo não gosta de dar tudo a pronto, embrulhado e já está. A felicidade conquista-se e dá que fazer. Sendo assim, nós acompanharemos as aventuras da jovem Antónia, os contratempos que teve de vencer até suspirar de alívio nos braços de um bem-amado. Por acaso é um príncipe, mas podia não ser. O santo, que foi dando uns empurrõezinhos, abençoa no fim ou não fosse ele o padroeiro dos enamorados.

Esta peça de António Torrado, escrita toda em verso, à maneira dos antigos autos, estava mesmo a pedir música que para ela, propositadamente, compôs o Maestro António de Sousa. A encenação é de João Mota que sendo João, não deixa por isso de devotar ao nosso Santo António lisboeta o mesmo apreço que os outros dois “afilhados”.

Criação COMUNA TEATRO PESQUISA

Autor ANTÓNIO TORRADO

Versão Cénica e Encenação JOÃO MOTA

Musica Original MAESTRO ANTÓNIO DE SOUSA

Músicos HUGO FRANCO e MIGUEL SERMÃO

Figurinos CARLOS PAULO

Adereços e Objectos Cénicos RENATO GODINHO

Técnicos ALFREDO PLATAS , MARIO CORREIA e RENATO GODINHO

Produção ROSÁRIO SILVA e CARLOS BERNARDO


Elenco

Santo António JORGE ANDRADE

Antónia(Afilhada) JUDITE DIAS

Rainha TÂNIA ALVES

Rei ALEXANDRE LOPES

Príncipe MARCO PAIVA