quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sylvie Nys, dia 2 de Novembro, em Sevilha


O Teatro Central de Sevilha apresenta o último trabalho de Sylvie Nys. Depois das versões em francês, português e inglês, Nous étions assis sur le rivage du monde, estreia agora em espanhol com o título Sentados en la orilla del mundo. Nys, com mais de vinte produções na Bélgica e na Espanha, aborda agora um texto delicado e frágil, numa reconhecida criação repleta de beleza e sabedoria. «En la orilla del mundo solo hay un hombre fundido con el paisaje y una mujer que no es bienvenida. Él le exige que se vaya. Ella se resiste. ¿Por qué no puede permanecer ella en la playa de su infancia? ¿Por qué no tolera él su presencia? ¿Podrá volver ella a sus raíces?»

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Na hora errada | Texto original de Marta Freitas

Na hora errada está em cena no espaço do Teatro Bruto, na Fundação José Rodrigues. Texto original de Marta Freitas, com encenação de Ana Luena e interpretação de Margarida Gonçalves, Marta Freitas e Pedro Mendonça, estreado no âmbito da Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, pode agora ser visto no Porto até 04 de Novembro.

Sejam bem-vindos a mais um episódio Na hora errada. Os casos que aqui trazemos são sempre casos complicados, casos de polícia arquivados por falta de provas, casos de pessoas que, poder-se-ia dizer, nasceram “na hora errada”. Nunca é demais relembrar que, apesar de altamente realistas, as entrevistas e situações que aqui apresentamos são sempre protagonizadas por atores profissionais que, ao reconstituírem as situações que aqui trazemos, oferecem ao telespectador uma perspetiva mais realista dos factos. O nosso caso de hoje está repleto de pequenos pormenores imersos em significado: uma relação familiar, uma noiva, um camarão, um diagnóstico, um acidente. Por isso, toda a sua atenção é pouca face àquilo que lhe estamos prestes a apresentar... E não se esqueça: “ouvidos e olhos bem atentos, para que a próxima «hora errada» não seja a sua”!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

FITEI 2013 | Informações

Devido ao adiamento na abertura dos concursos públicos de apoio às artes e ao facto de não ser possível prever as datas de conclusão do processo, o Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica não abre candidaturas às companhias para a edição de 2013.

Este facto, que ocorre pela primeira vez desde a sua fundação, obrigará o FITEI a fazer uma programação tendo por base convites directos a espectáculos escolhidos pela direcção artística, bem como espectáculos acordados com os diversos parceiros do festival.

No entanto, as companhias poderão manter o FITEI informado das suas produções e criações através do correio electrónico info2013@fitei.com

domingo, 28 de outubro de 2012

Teatro do Brasil no Porto

Decorrem em simultâneo o Ano de Portugal no Brasil e o Ano do Brasil em Portugal (entre 7 de Setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013). No Porto, nesta primeira fase, o Teatro Nacional de S. João, que toma parte nesta iniciativa, acolhe três espectáculos teatrais do Brasil. O primeiro, nos dias 31 de Outubro e 1 de Novembro é Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade.
Para comemorar os 40 anos de carreira, a actriz Sura Berditchevsky fez o espetáculo Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade. A peça retrata o relacionamento entre o poeta modernista brasileiro e a sua filha única. Maria Julieta tinha apenas cinco anos de idade quando iniciou uma troca de cartas com o pai, desencadeando uma profunda e intensa cumplicidade. “Julieta e Drummond estabeleceram uma relação de amor, respeito, ética, companheirismo, afinidade intelectual através da literatura”, diz Sura Berditchevsky, que além de actuar, assina a concepção e encenação do espectáculo. Luis Fernando Philbert é o corresponsável pela encenação e Pedro Drummond assina com Sura a pesquisa da correspondência e a idealização do projecto.

Nos dias 3 e 4 de Novembro é a vez da apresentação do texto de Lolita Pille, Hell, com interpretação de Bárbara Paz e Paulo Azevedo.
Aos 21 anos, a escritora cool-trash Lolita Pille publicou um romance intitulado Hell, que rapidamente se tornou um campeão de vendas em França e, logo depois, um fenómeno editorial em múltiplas línguas e países. Não admira: de todas as obras literárias que exploram o desregrado e degradante modo de vida de jovens com pais milionários – sexo, vodca, cocaína, roupas de marca, entre outros regalos –, Hell parece não apenas uma das mais lúcidas, mas também uma das mais verdadeiras, renunciando a desculpas moralizantes e a justificações sociológicas. O realizador Héctor Babenco e o encenador Marco Antônio Braz seguiram o impulso de adaptar este misto de romance e relato confessional para o palco, trabalho de que resultou um espetáculo implacável, concebido para revelar a irresistível espiral de autodestruição da protagonista, interpretada pela atriz Bárbara Paz. A reputada crítica brasileira Bárbara Heliodora não hesitou em assinalar no jornal O Globo: “Hell é um espetáculo de alta categoria, que honra o teatro como instrumento de conhecimento de nós mesmos”.

Finalmente, nos dias 8, 9, 10 e 11 de Novembro, a Companhia Ensaio Aberto, do Rio de Janeiro, apresenta Missa dos Quilombos.
Um elenco de 21 actores e oito músicos dá corpo a uma das obras mais emblemáticas de Milton Nascimento: Missa dos Quilombos. Uma obra histórica, com textos do arcebispo Pedro Casaldáliga e do poeta Pedro Tierra, estreada em 1981 e revisitada nos últimos dez anos pela Companhia Ensaio Aberto, uma estrutura carioca de forte vocação crítica e política. Missa dos Quilombos instala-nos numa central elétrica com várias dezenas de máquinas diferentes, de um singelo moinho a uma turbina de avião, trazendo para a linha da frente a história dos negros no Brasil. Adoptando a estrutura padrão de uma missa, o espetáculo cruza o ritual católico e expressões da cultura afro-brasileira, numa sinestésica fusão de sons, cores, danças e ritmos. Com direção de Luiz Fernando Lobo, esta “missa revolucionária” canta uma história de opressão, mas também uma esperança indómita e um desejo imenso de liberdade.

sábado, 27 de outubro de 2012

Espectáculo extra da última criação de Óscar Branco

Tendo em conta a grande procura de bilhetes, o Cine Teatro Constantino Nery vai realizar uma segunda sessão do espectáculo “O último a sair apague a luz”, com Óscar Branco, no dia 28 de Outubro. Um espectáculo sobre Portugal e os portugueses é a última aventura de Óscar Branco, uma louca viagem ao país real em 80 minutos, cheia de desabafos, proclamações e palpites, numa mistura insólita e explosiva que transforma os nossos medos e inquietações num espectáculo de humor corrosivo e quem sabe…numa verdadeira terapia de grupo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Encenação de Rogério de Carvalho em Sacavém

Até 10 de Novembro, em Sacavém, Rogério de Carvalho e o Teatro Griot têm em cartaz a reposição da peça "Faz Escuro nos Olhos", que estreiou em Abril último no Instituto Franco Português. "Faz Escuro nos Olhos" é uma criação coletiva, com encenação de Rogério de Carvalho. O colectivo GRIOT – Associação Cultural, nasceu em Setembro de 2009 a partir do encontro de actores de origem africana cujo objectivo principal é a realização artística e cultural nas suas mais variadas manifestações: o teatro, o cinema, a música, as artes plásticas, a dança e a literatura. O encenador e os atores cruzaram textos de diversos autores e daí nasceu este espectáculo, num processo de montagem assente na interpretação. Conduziram várias leituras, multiplicaram perspectivas num entrecruzar de significados para virem agora, colocar o público perante a expressão mais primária da humanidade: a violência.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Gala 'Los Vascos y la Danza'

A gala Los Vascos y la Danza, na sua oitava edição, contará com a presença de grandes nomes da dança, como Alicia Amatriain, de Donostia / San Sebastian, e Alexander Jones, primeiros bailarinos do Ballet de Stuttgart, que apresentarão 'Aus Holberg Zeiten' e um extrato de 'Onegin'. Também Asier Uriagereka, primeiro bailarino do Ballet de Monte-Carlo actuará com Berenice Coppieters apresentando fragmentos de 'Altro Canto' e 'Opus 40' , coreografias de Jean-Christophe Maillot. O programa deste evento que se realiza no dia 26 de Outubro no Euskalduna Jauregia, Bilbao, inclui a estreia do ballet 'Donostia 1813', com coreografia de Jon Ugarriza, interpretado por Ion Agirretxe, do Barcelona Ballet, e Cristina Casa. São ainda de destacar as actuações de Sara Echevarri, vencedora da primeira edição do Prémio Bilbao 2006 para Jovens Bailarinos, que interpretará a peça 'Córdoba', e a vencedora do 6º Prémio Bilbao para Jovens Bailarinos 2011, Celia Dávila, que actuará com o grupo Andoni Aresti Dantza para a interpretação de 'Agurra'.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

La Zaranda-Teatro Inestable de Andalucía la Baja estreia no Temporada Alta

©Víctor Iglesias

Anuncia-se para o próximo dia 3 de Novembro a estreia do novo trabalho da companhia andaluza La Zaranda, integrado na programação do Festival Temporada Alta de Girona, 'El Régimen del Pienso', uma história que se define como a autópsia de uma sociedade. ‘El Régimen del Pienso’ é uma peça de Eusebio Calonge, com Gaspar Campuzano, Francisco Sánchez, Luis Enrique Bustos e Javier Semprún na interpretação, dirigidos pelo encenador Paco de La Zaranda.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Um principezinho em Madrid

© Ros Ribas
Que aconteceria se o pequeno príncipe de Saint-Exupéry não fosse interpretado por uma criança, mas sim por actor com idade para fazer o Rei Lear (José Luis Gómez) que se prepara para a sua última viajem? Pelo caminho encontra um aviador, uma rosa, um rei, uma raposa, uma serpente... (todos interpretados pela luminosa actriz Inma Nieto) e cada um o ajudará a descobrir algo de novo. Com um surpreendente jogo de clowns, Roberto Ciulli (encenador italo-alemão, fundador do emblemático Theater an der Ruhr) transforma a inocência do conto original numa agridoce lucidez. Este espectáculo despojado de todo o acessório, retomando assim a essência do teatro, mais do que um menino que vai a um planeta estranho, trata de um homem que se sente estranho no seu planeta. El principito, a partir do livro de Saint-Exupéry, encenação de Roberto Ciulli, produção de La Abadía, com a colaboração do Theater an der Ruhr. Espectáculo para adultos em cena no Teatro Abadia, de Madrid entre 24 de Outubro e 17 de Novembro.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

XXI Festival Don Quijote

O XXI Festival Don Quijote de Theatre Hispanique, anuncia a sua programação com espectáculos de teatro e dança. Prémio Max 2011 da crítica espanhola, esta edição conta com propostas espanholas e bolivianas e realiza-se em PARIS entre 20 e 25 Novembro. O programa do festival inclui a companhia 300 PISTOLAS, de Espanha, com El Perro del Hortelano, de Lope de Vega, encenação de Álvaro Morte; CIA. DANIEL ABREU de Espanha, com Animal, coreografia de Daniel Abreu; IN-CONSTANTES TEATRO, de Espanha, com Pedro y el Capitán de Mario Benedetti, encenação de Emilio del Valle; DITIRAMBO, da Bolívia, com El corral de Bernarda, a partir de La casa de Bernarda de Lorca e de Pepe el Romano de E. Caballero, encenação de Luis F. Jimenez; LA FILA DE AL LADO, de Espanha, com El chico de la última fila, de Juan Mayorga, encenação de Victor Velasco; e TEATRO DEL VELADOR, de Espanha, com El Rey Perico y la Dama Tuerta,de Diego Velázquez de Puerco, encenação de Juan Dolores Caballero.

domingo, 21 de outubro de 2012

Encontro da COFAE com Festivais Ibero-americanos

No dia 24 de Outubro a COFAE realiza em Cádis um encontro com festivais Ibero-americanos de teatro para dar a conhecer o funcionamento geral de uma feira de teatro, as suas diferenças com os festivais, o calendário anual e as diferentes especializações das diversas feiras de artes cénicas realizadas em Espanha. Este encontro procura conhecer as experiências e ideias dos festivais mais consolidados, bem como dar a conhecer as características distintivas e próprias deste modelo de mercado cénico inerente a realização das feiras.

sábado, 20 de outubro de 2012

Teatro de Marionetas do Porto estreia "O Senhor..." | 10 a 21 de Novembro | Teatro do Campo Alegre

"Havia um homenzinho muito pequenino que vivia numa casa muito pequenina. (...) Apesar de ser muito pequenino, o Senhor... meteu-se numa emocionante aventura que acabou em grande!" Esta é uma sinopse, também ela muito pequenina, de um grande, grande livro. Escrita por João Paulo Seara Cardoso, esta história, concebida para crianças e imperdível para adultos, é agora explorada pelo Teatro de Marionetas do Porto que a transforma num projeto que experimenta os limites da utilização da marioneta contemporânea na criação de um objeto inovador, num cruzamento entre a marioneta e a animação.

Os objectivos deste projecto organizam-se em duas vertentes distintas. O Senhor..., num primeiro plano e inerente à história representada, aborda a estruturação dos valores sociais e do comportamento individual face a situações de adversidade. Num segundo plano, promove o desenvolvimento da sensibilidade estética e da criatividade num público em que a fantasia e a expressão são uma constante. O papel da marioneta convencional ultrapassa, assim, a sua própria dimensão, revelando-se completamente inovador quando trabalhado com recurso a técnicas de animação bi e tridimensionais.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Manuel António Pina (1943-2012)

O escritor, poeta e jornalista Manuel António Pina morreu hoje no Porto, aos 68 anos. 

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi jornalista do Jornal de Notícias durante trinta anos, tendo colaborado também com inúmeros outros órgãos de comunicação social. Foi autor, entre outras, de mais de três dezenas de obras de poesia, crónica, ensaio e literatura infantil.

Em 1978 recebeu o prémio de Poesia da Casa da Imprensa, em 1987 o prémio Gulbenkian, em 1988 o prémio do Centro Português para o Teatro para a Infância e Juventude. Em 1993 recebeu o prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalistas, em 2002 o da Crítica, da secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários em 2004 o prémio de Crónica da Casa da Imprensa e o de prémio de Poesia Luís Miguel Nava. Em 2005 o Grande prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/CTT. Finalmente, em 2011, foi-lhe atribuído o Prémio Camões.

Manuel António Pina escreveu duas dezenas de peças de teatro, sendo "História do sábio fechado na sua biblioteca" a última peça escrita pelo autor. Foi bolseiro do Centro Internacional de Teatro de Berlim junto do Grips Theater, na Alemanha, e algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema e à televisão, transpostas para BD, bem como musicadas e editadas em disco. Foi Sócio Fundador e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Companhia de Teatro portuense Pé de Vento.

Recentemente, o Teatro O Bando levou ao palco do Teatro Nacional S. João a nova criação "Ainda não é o fim" que convoca poemas e crónicas de Manuel António Pina, com encenação de João Brites.

"Um sítio onde pousar a cabeça" | http://vimeo.com/channels/355230 (excertos)
Documentário, uma produção da RTP com realização de Alberto Serra e Ricardo Espírito Santo, dedicado à vida e à obra de Manuel António Pina.

Entrevista - Manuel António Pina | http://www.youtube.com/watch?v=q4BGtNZFG94 (íntegra)
Página Literária do porto


Entrevista Manuel António Pina. “A vontade que tenho era pôr um cinturão de bombas e rebentar com essa malta toda” | http://www.ionline.pt/node/181453
Por Nuno Ramos de Almeida, Jornal i

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Produção conjunta de Teatro de Malta, Kubrik Fabrik e Corazon de Vaca

‘Viejos amores’, adaptação e direcção de Marta Torres a partir da novela com o mesmo nome de Juan Madrid, está em cena até ao dia 4 de Novembro, na Kubik Fabrik, de Madrid. Seis actores num espaço cénico versátil, iluminação, espaço sonoro e projeções tão inquietantes como a própria história, para além de um guarda-roupa que coloca em contraste o quotidiano de tantos acontecimentos extraordinários, são o ponto de partida para uma encenação onde a realidade e a imaginação do personagem principal se confundem. Interpretação de Delfín Caset, Gerardo Quintana, Sol López e Antonio Sarrió.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

S. Bento no TeCA

Com encenação de Nuno Cardoso, assistência de encenação e movimento de Victor Hugo Pontes e cenografia de F. Ribeiro, estreia amanhã dia 18, no TeCA, Porto S. Bento.

Porto S. Bento é uma estação de partidas e chegadas onde se cruzam viajantes, a caminho uns dos outros, no caminho uns dos outros. Juntos, desenham um mapa topográfico de uma cidade que é aqui um ponto de passagem para outras margens: três intérpretes profissionais contracenam com moradores do Centro Histórico do Porto, cidadãos anónimos que têm histórias e experiências para contar e trocar. Depois de um ciclo quase exclusivamente dedicado à leitura de clássicos da dramaturgia mundial, o Ao Cabo Teatro arrisca agora uma incursão nos meandros do Teatro do Outro. Se Medida por Medida de Shakespeare, a anterior produção da companhia, projetava um olhar inclemente sobre os dias de hoje, Porto S. Bento prolonga essa conversa com a contemporaneidade, medindo o destino da luso-pátria à luz dos estados de alma da cidade do Porto.

Produção de AoCabo Teatro, Porto S. Bento tem desenho de luz de José Álvaro Correia, música original de Rui Lima e Sérgio Martins e interpretação de Daniel Pinto, João Melo, Mafalda Deville, Alexandra Calado, Amélia Pereira, Ana Sousa, Catarina Pontes, Celeste Fagundes, Eurico Santos, Guilherme Castro, Hélio Pereira, Hugo Olim, Jaime Ribeiro, Lurdes Fernandes, Pedro Quiroga, Sandra Alberto e Zulmiro Santos.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Começa hoje o 27º FIT de Cádiz

O Festival Iberoamericano de Teatro de Cádiz, FIT, inicia hoje a sua 27ª edição. Segundo os organizadores, trata-se de uma edição mais festiva, uma vez que este ano, a cidade de Cádiz é a Capital Ibero-americana da Cultura. Serão onze dias de festival, com um total de 16 países representados. Um compromisso com a ética e a reflexão através das artes cénicas que neste caso, por se tratar do ano do Bicentenario e da Capital Ibero-americana da Cultura, procura uma programação mais lúdica e alegre. Neste sentido, os programadores do FIT, dirigido artisticamente por Pepe Bablé, procuraram uma abertura ligada à região e escolheram para o efeito o espectáculo 'Metáfora', dirigido e coreografado por Rubén Olmo, no Gran Teatro Falla.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

História de Um Segredo

Apesar de o espectáculo se encontrar disponível para as marcações do público escolar a partir de 3ª feira, 16 de Outubro, é na primeira representação de História de Um Segredo para o público em geral, Sábado, 20 de Outubro, às 21h30, que o Pé de Vento assinala a abertura da actual temporada. História de Um Segredo estreou no verão de 2006 na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, num pátio exterior. No inverno 2008-2009 esteve em cena no interior, na galeria, a par da exposição dos 30 Anos da Companhia Pé de Vento. Volta agora, pela primeira vez no palco da Vilarinha.

domingo, 14 de outubro de 2012

O Festival Santiago a Mil anuncia a programação

Entre os dias 3 e 20 de Janeiro de 2014 o Festival Internacional Santiago a Mil inicia a sua vigésima edição com a apresentação de algumas das melhores criações de artes cénicas do Chile e do mundo. Serão 18 espectáculos da programação internacional já confirmados e uma selecção de 24 produções chilenas. Destacam-se na programação as obras de Juan Radrigán, Nona Fernández, Héctor Noguera, Alfredo Castro e Marcelo Alonso. Também a dança integra o cartaz do festival Santiago a Mil, com a apresentação de três peças de criadores chilenos, integrados na categoria Selección Danza 2012, propostas contemporâneas com predominância no cruzamento de linguagens.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

'Purga', de Sofi Oksanen na cena madrilena

Na Sala Cuarta Pared, de Madrid, entre os dias 24 de Outubro e 4 de Novembro, estará em cena a peça 'Purga', de Sofi Oksanen, encenada por José Herrero e estreada em Maio, em Donostia/San Sebastian. Sofi Oksanen, é considerada um novo prodígio da narrativa nórdica, merecedora do conceituado Prémio de Literatura do Conselho Nórdico. A sua terceira obra, Purga, foi um livro revelação em França, onde obteve o Prémio Femina de Literatura Estrangeira. Ganhou também o Prémio da Melhor Novela Europeia de 2010. Esta peça, produzida pela Vaivén Producciones e interpretada por Marjo Ikonen, Ana Pimenta, Sandra Ferrus, David Macias, Iñigo Iraultza e Borja Fano, narra a dramática história de Zara , uma jovem russa vítima do tráfico de mulheres que tenta escapar de Rússia e dos seus captores.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Em 'Amadeu', Albert Boadella aborda a vida de Amadeo Vives

O encenador Albert Boadella, que se celebrizou dirigindo o grupo teatral catalão Els Joglares, aborda agora a vida do compositor Amadeo Vives, compositor espanhol de grande relevo, conhecido por algumas das mais notáveis zarzuelas. O espectáculo 'Amadeu' que estará em cena nos dias 11, 12 e 13 de Outubro, no Teatro Arriaga, de Bilbao, apresenta passagens dessas obras, como Doña Francisquita, Bohemios, Maruxa e La Generala, para além de canções e criações da sua juventude.  Uma trama dramática e humorística foi criada por Albert Boadella através da história de um jovem jornalista amante de rock a quem é atribuída a tarefa de escrever um artigo sobre o Amadeo Vives, de quem nunca tinha ouvido falar. O jornalista vai imaginando a vida do compositor e pouco a pouco vai mudando os seus conceitos sobre a arte, a vida e a política. Trata-se de uma produção de Teatros del Canal, Madrid, que reúne actores e cantores. A direcção musical é Miguel Roa.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Penthesilia, dança solitária para uma heroína apaixonada

A nova criação de Martim Pedroso revisita a Penthesilea de Heinrich von Kleist (1808) em três línguas - português, italiano e alemão. A interpretação de Nicole Kehrberger, a Penthesilia, devolve ao espectáculo as origens linguísticas da sua trágica dramaturgia. O intérprete italiano Emanuele Sciannamea é a língua do amor em Aquiles, Carla Bolito e o próprio Martim Pedroso os corifeus desta peça. O Coro de Amazonas e Gregos pertence à cidade de Lisboa. Este grupo de estudantes e profissionais de artes performativas, juntamente com a Marcha Popular do Bairro Alto e a Fanfarra do Corpo de Corpo de Bombeiros Voluntários Lisbonenses, integram não apenas as suas experiências como também os vocabulários tradicionais da cidade.

Depois da estreia na Capital Europeia da Cultura, Penthesilia, dança solitária para uma heroína apaixonada é apresentada em Lisboa, no São Luiz Teatro Municipal, de 11 a 14 de Outubro - 5ª a sábado às 21h00, domingo às 17h30. Um hino à imaturidade dos amantes a partir do drama trágico Penthesilea (de 1808) de Heinrich von Kleist. O autor, inspirando-se provavelmente na passagem de Penthesilea pelo poema épico Posthomerica de Quintus Smyrnaeus e na herança imagética de Séneca, nomeadamente nas descrições sangrentas, subverte o mito clássico de que a rainha das Amazonas morreria pela espada de Aquiles durante a guerra de Tróia. Na peça do dramaturgo alemão, é Aquiles quem é brutalmente desmembrado pela rainha confusa por experimentar sentimentos novos e obcecada pela conquista que a sua tradição lhe exige. Em cena, soam as vozes de uma poderosa luta entre o belo e o terrível, a razão e a emoção, a sociedade e os afectos. A filosofia mistura-se com a poesia que se mistura com a psicologia, num espectáculo que sublinha, sobretudo, a evidência de que os homens dificilmente conseguirão resolver a sua relação com a liberdade. Parafraseando Óscar Wilde, é caso para se dizer “Each man kills the thing he loves” (Todos os homens matam o que amam).

Um espectáculo de Martim Pedroso a partir da Pentesileia de Heinrich von Kleist traduzido para português por Rafael Gomes Filipe, com Nicole Kehrberger (Penthesilia), Emanuele Sciannamea (Aquiles), Carla Bolito (Corifeu 1), Martim Pedroso (Corifeu 2). Direcção artística, dramaturgia e encenação de Martim Pedroso e coreografia e movimento de Emanuele Sciannamea.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Prémio Internacional de Ensaio Teatral

O Prémio Internacional de Ensaio Teatral 2012, atribuído pelo Instituto Nacional de Bellas Artes (México) com a colaboração da ARTEZBLAI Editorial de las Artes Escénicas, de Espanha e a Paso de Gato Revista Mexicana de Teatro, foi atribuído ao ensaio "El Teatro de la sierra central peruana o resucitar para re-territorializar" de Jorge Luis Yangali Vargas. O júri destacou com menções outros trabalhos: Los Límites Del Yo: Representar La Familia, de Julie Ann Ward (Estados Unidos da América) e Hacia Una Poesía Perfomativa. El Colectivo Acciones De Arte, de María José Pasos (México).

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Antunes Filho dirige texto de Nelson Rodrigues

Um burguês, após a morte da esposa, é levado a conhecer uma prostituta e sua vida vira um carrossel de acontecimentos. Texto de Nelson Rodrigues, com direcção de Antunes Filho, em cartaz no Teatro Anchieta, São Paulo, até 16 de Dezembro, TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA, é considerada a última grande peça do dramaturgo, onde surge uma temática forte e uma estrutura dramática madura, além de personagens recorrentes na sua obra. Antunes Filho festeja devidamente o centenário de nascimento de Nelson Rodrigues e os 30 anos do Centro de Pesquisa Teatral, que dirige.

domingo, 7 de outubro de 2012

'Ainda não é o fim', do Teatro O Bando, agora no Porto, TNSJ, entre 11 e 14 de Outubro

“Perdemos os sonhos ou são os sonhos que nos perdem?”, pergunta um dos filhos a uma das mães que ocupam as ruas de uma cidade à procura das raízes da história e das estórias da revolução, essa Primavera reencontrada e perdida, e de novo sonhada. Interrogação cravada no coração de Ainda não é o fim, a nova criação do Teatro O Bando que convoca poemas e crónicas de Manuel António Pina para visitar o Portugal contemporâneo, caminho que se faz caminhando entre a euforia e a resignação, a festa e o cansaço, a esperança e o derrotismo. Com encenação de João Brites e música de Jorge Salgueiro, interpretada ao vivo pela Big Band Loureiros, Ainda não é o fim não se deixa aprisionar numa forma estabilizada. É, a um tempo, um espetáculo de teatro, um concerto encenado, um arraial popular e libertário. Dito de outro modo: material de resistência e sobrevivência para memória presente, fiel ao espírito e à letra das palavras incandescentes e corrosivas de Manuel António Pina que o habitam. - in web site TNSJ

sábado, 6 de outubro de 2012

AS BODAS DE FÍGARO UMA TRADUÇÃO

A música liga tudo, claro, mas se tirarmos a música? O Mozart resolve as lacunas, mas se tirarmos o Mozart? O Fígaro tem uma dívida, mas se a Marcelina for a sua mãe? É uma ópera quase cantada, é um Mozart que não descalça a bota, é um Da Ponte traduzido, é uma bastilha sem ninguém lhe tocar, é talvez em Sevilha, é o monólogo do Fígaro contra os privilégios e instituições que o Beaumarchais escreveu há muito tempo, é o direito à pernada, não há portas nem janelas, nem entradas, nem saídas. AS BODAS DE FÍGARO UMA TRADUÇÃO, no Teatro Maria Matos, entre 06 e 18 de Outubro. Texto de Miguel Castro Caldas, encenação de Bruno Bravo.  Interpretação: Ana Brandão, António Mortágua, David Almeida, Dinis Gomes, Inês Galvão, Inês Pereira, Jan Gomes, Ricardo Neves-Neves, Sandra Faleiro, Sofia Vitória.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

TEP tem em cena texto de Paul Miró

Chove em Barcelona, texto de Pau Miró, em cena no Auditório de Gaia até ao dia 14 de Outubro, numa encenação de Gonçalo Amorim com apoio dramatúrgico de Rui Pina Coelho, conta com interpretação de Maria João Pinho, Paulo Moura Lopes e Romeu Costa. Em Chove em Barcelona acompanhamos um triângulo amoroso muito pouco convencional. A acção decorre no bairro do Raval em Barcelona, antigo bairro chino, morada de trabalhadores, emigrantes e prostitutas, progressivamente também paragem de artistas, intelectuais e mais recentemente de uma classe média-alta à procura de genuinidade. Na forma de uma comédia amarga vemos como Lali (prostituta do Raval), Carlos (seu namorado e atípico chulo) e David (seu cliente e dono de uma livraria) lutam por uma qualquer forma de felicidade ou equilíbrio, e como essa procura se faz sempre em paralelo com a dependência do dinheiro, da fast-food, da cocaína, dos jogos de poder ou até mesmo da alta-cultura quando servida em doses que possam ser consideradas inócuas.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Funboa Escénica propõe criação participativa

A companhia galega Funboa Escénica depois da apresentação do seu aplaudido trabalho ‘Oiseau Rebelle’ inicia um novo projecto para o qual está a fazer desafios à participação no processo de trabalho, tendo em vista o espectáculo SIGUE BUSCANDO, que tem como tema central o fracasso. Para a criação do espectáculo estão a utilizar uma página web homónima que adapta as propostas e ideias que surgem no processo em pequenas peças audiovisuais que não pretendem ser narrativas e onde o erro tem uma importância relevante como código do próprio fracasso. Na fase final do processo farão uma convocatória para espectadores- mecenas que poderão assistir a um espectáculo na sala onde a companhia desenvolve o seu trabalho. O link deste projecto é http://www.youtube.com/playlist?list=PL42B32433E476F617

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Clowns de Shakespeare iniciam novo trabalho com o encenador paulista Marcio Aurelio

Continua o êxito de Sua Incelença, Ricardo III, fruto do encontro da companhia brasileira Clowns de Shakespeare com Gabriel Villela, trabalho teatral que coloca em fricção a fábula shakespeariana com a cultura popular nordestina. Apesar disso, a companhia anuncia que, após alguns anos de conversasões, contam finalmente com a colaboração do encenador paulista Marcio Aurelio, num trabalho já iniciado onde o diretor e sua assistente, Lígia Pereira, estarão em Natal para iniciarem o processo de criação do espetáculo Hamlet.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

LILITH por João Garcia Miguel

A primeira mulher de Adão, Lilith, enfastiada com o paraíso e depois de discutir com Adão a respeito de quem é que devia ficar por cima, dirigiu-se aos altos portões e saiu dali para fora. Começou a dormir com os demónios que andavam por ali à volta, a espreitar por cima dos muros. Isto é tudo o que dela diz a mitologia judaica: que foi a primeira prostituta. O que a mitologia não diz é que, deste modo, ela abandonou um paraíso e foi ter a outro: o paraíso da linguagem. Sobre o palco, duas actrizes e um actor, o fundo narrativo projecta a situação mítica para a actual prosa do mundo, articulando memórias, instantâneos, hábitos de passagem em que por vezes se deixa ouvir, sobretudo quando estamos nus uns com os outros, o resto de um terrível silêncio da mitologia. Texto original de Francisco Luís Parreira e encenação de João Garcia Miguel, LILITH , estreia dia 3 de Outubro no Teatro Municipal São Luiz, onde se manterá em cena até ao dia 7. Interpretação de David Pereira Bastos, Konstantinos Koutsolelos, Stamatina Pergioudaki e Sara Ribeiro.