domingo, 31 de março de 2013

‘Gertrude’, de Simão do Vale, peça bilingue no TNSJ

Está marcada para o dia 5 de Abril, no TECA, a estreia absoluta de 'Gertrude', peça com dramaturgia, encenação e interpretação de Simão do Vale. Trata-se de uma coprodução do Teatro Nacional de São João e a companhia portuense ‘A Turma’. 

A peça parte do desafio de trabalhar William Shakespeare e uma das personagens de um dos textos do dramaturgo inglês. A ‘Gertrude’ de Simão do Vale, é uma peça bilingue (português e italiano), onde dois actores – o autor, um português a residir em Turim, e a italiana de Génova Fiammetta Bellone – interpretam vários personagens: Gertrude, Hamlet e Cláudio, Polónio, o Espectro do falecido Rei, Ofélia e o Actor.

sábado, 30 de março de 2013

Realizador Carlos Saura estreia-se no teatro

O cineasta Carlos Saura estreia-se na encenação, aos 81 anos de idade, com o clássico "El Gran Teatro del Mundo", de Calderón de la Barca. A peça estreia na próxima quinta-feira, 4 de Abril, no Matadero, em Madrid.

Esta peça descreve a vida como uma encenação, imagina o mundo como se fosse um grande teatro e transmite a idea de que só através da morte se chega à verdadeira vida. Cada personagem desta grande comédia encena o seu papel, e, quando a obra terminar, receberá um prémio ou um castigo. Saura, aborda esta peça como um ensaio, em que é o próprio Calderón que dirige a obra, com uma companhia de actores que terá de se esforçar para esclarecer a complexidade que representa para o espectador de hoje um Auto Sacramental do século XVII.

A peça pode ser vista até 5 de Maio. Mais informações aqui.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Ana Luísa Amaral é a autora da mensagem do FITEI 2013

Ana Luísa Amaral, voz singular da poesia actual, aceitou o desafio de redigir a mensagem para a 36ª edição do FITEI. A escritora, que viu já algumas das suas obras dramatizadas (pela Assédio: "O Olhar Diagonal das Coisas" e "A História da Aranha Leopoldina"), é docente universitária e investigadora nas áreas de Estudos Anglo-americanos e Estudos Feministas.

Em forma de drama publicou "Próspero Morreu - poema em acto". Com Gabriela Macedo editou "Dicionário de Crítica Feminista". Mais recentemente preparou a edição anotada de "Novas Cartas Portuguesas" (1972), de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa. Tem tido uma destacada intervenção cívica e política.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Arrepios na Ribeira

A companhia Primeiros Sintomas apresenta hoje no espaço RIBEIRA, em Lisboa, a última representação de ARREPIOS, a partir de contos de Edgar Allan Poe e Oscar Wilde, numa encenação de Sandra Faleiro e dramaturgia de Inês Pereira, Sandra Faleiro e Sofia Vitória.  

Três irmãs arrepiadas. Contam histórias noite dentro. Muitas delas assombradas. O pai era pintor. A mãe era bonita. Mas é história de terror. A que envolve esta família. Corajosas atrevidas. Têm os seus rituais. No jardim constroem puzzles. Com os seus estranhos animais. No castelo há portas trancadas. Com segredos muito antigos. Mas as chaves estão enterradas. Em jazigos, em jazigos.

Espectáculo pensado para maiores de 6 anos, parte dos contos "Silêncio" e "O Retrato Oval" de Edgar Allan Poe e "O Gigante Egoísta" de Oscar Wilde. Interpretação de Inês Pereira, Joana Campelo e Sofia Vitória.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Mensagem do Dia Mundial do Teatro 2013 | Dario Fo

Passou já muito tempo desde que o poder manifestava a sua a intolerância para com os commedianti expulsando-os do país. Hoje, por causa da crise, os actores e as companhias têm dificuldade em encontrar teatros, espaços públicos e espectadores.

Durante o período do Renascimento em Itália, acontecia o contrário: os que estavam no poder tinham de fazer um esforço significativo para manter nos seus territórios os commedianti, uma vez que estes gozavam de grande popularidade.

É sabido que o grande êxodo de artistas da Commedia dell'Arte aconteceu no século da Contra-Reforma, quando se decretou o desmantelamento de todos os espaços de teatro, especialmente em Roma, devido à acusação de ofenderem a cidade santa.

Em 1697, o Papa Inocêncio XII, sob a pressão de insistentes pedidos da burguesia mais conservadora e dos expoentes do clero, ordenou a demolição do Teatro Tordinona, em cujo palco, segundo os moralistas, tinha sido encenado o maior número de actuações obscenas.

Na época da Contra-Reforma, o cardeal Carlo Borromeo, do Norte de Itália, tinha-se comprometido com o resgate dos “filhos de Milão”, estabelecendo uma clara distinção entre arte - a mais alta forma de educação espiritual - e teatro - a manifestação do profano e de vaidade.

Numa carta dirigida aos seus colaboradores, que cito de improviso, o cardeal expressava-se da seguinte forma: “(...) em relação à erradicação da raiz do mal, fizemos o nosso melhor para queimar textos com discursos infames, para erradicá-los da memória dos homens, e, ao mesmo tempo, para perseguir aqueles que divulgaram tais textos impressos. Evidentemente, no entanto, enquanto dormíamos, o diabo trabalhou com astúcia renovada. Como penetra na alma mais do que os olhos vêem o que se lê nesse tipo de livros! Assim como a palavra falada e o gesto apropriado são muito mais devastadores para as mentes dos adolescentes e jovens do que a palavra morta impressa nos livros. É, portanto, urgente livrar as nossas cidades dos fabricantes de teatro, como fazemos com as almas indesejadas”.

A única solução para a crise está, então, na esperança de que uma grande “expulsão” seja organizada contra nós e, especialmente, contra os jovens que desejam aprender a arte do teatro: uma nova diáspora de commedianti, de fabricantes de teatro, que, certamente, a partir de tal imposição, terão benefícios inimagináveis para uma nova representação”.

Dario Fo

terça-feira, 26 de março de 2013

Ciclo de Música e Poesia

O segundo concerto e recital pertencentes aos Ciclos de Música e Poesia de 2013, a realizar hoje, dia 26, na Fundação Cupertino de Miranda, em Famalicão, conta com a Música do Dixit'up - Conservatório de Música do Porto sob a direção de Paulo Carvalho, seguido do recital de poesia com coordenação de Isaque Ferreira tendo como convidado Mário Moutinho.

Música - Dixit'up

Ana Thomaz-Clarinete
Luís Macedo-Trompete
Nádia Moura-Sax Tenor
Xavier Sousa-Trombone
Telmo Pereira-Tuba
Pedro Silva-Piano
João Alves-Bateria

programa
George L. Cobb-Alabama Jubilee
Porter Steele-High Society
Spencer Williams-Basin Street Blues
D.J. La Rocca-Fidgety Feet
Tradicional-Down by the Riverside

Poesia
Textos de Adília Lopes, Alexandre O'Neill, Almada Negreiros, Ana Luísa Amaral, António Lobo Antunes, António Ramos Rosa, Brian Patten, Carlos Drummond de Andrade, Filipa Leal, Henrique Manuel Bento Fialho, Herberto Helder, Joaquim Castro Caldas, Jorge Sousa Braga, Mário-Henrique Leiria e Woody Allen.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Espectáculo teatral homenageia a actriz Fernanda Alves

Com encenação de Fernando Mora Ramos, o Teatro da Raínha apresenta no Porto uma homenagem à actriz Fernanda Alves (1930-2000) que pretende ser “uma convocação para a vida, não uma chamada para a morte” adaptada a partir das prosas e poemas de “Fernanda”, escritas pelo marido, jornalista e poeta Ernesto Sampaio.


“Como pôr o amor em cena quando a palavra é lírica em absoluto?”, pergunta Fernando Mora Ramos que assina a encenação e divide o palco com Joana Carvalho. Ambos sós, “ na estrada, nos confins mais remotos, tu já dentro da noite e eu à beira dela”, trazem à memória a história de Ernesto e Fernanda.

Fernanda – Quem Falará de Nós, os Últimos? está em cena no Teatro Nacional S. João até ao dia 27 de Março.

domingo, 24 de março de 2013

Teatro defondo | 11 anos de actividade

A companhia Teatro defondo completou 11 anos de actividade esta semana. Esta companhia dirigida artisticamente por Vanessa Martinez assume-se como uma equipa de trabalho especializada em teatro clássico, tendo a sua identidade uma visão contemporânea do teatro clássico, o uso da música ao vivo em todas as suas produções e uma contínua busca de criação de novos públicos. Nesta altura, o Teatro defondo tem em digressão Un sueño de una noche de verano, que estará em cena em Madrid e Saragoça durante o mês de Abril, uma adaptação da peça de Shakespeare a pensar no público infanto-juvenil.

sábado, 23 de março de 2013

Comédia de Shakespeare no Teatro Nacional D. Maria II

O encenador Álvaro Correia leva ao palco do Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa) "À Vossa Vontade" (As You Like It), uma das comédias mais famosas de William Shakespeare e onde se profere a muito citada frase "Todo o mundo é um palco". Escrita, acredita-se, em 1599, a peça condensa várias visões do mundo, numa sequência de divertidas peripécias e jogos.

«Na mítica floresta de Arden, Rosalinda, em fuga depois de ter sido expulsa de casa do tio, passa a ser Ganimedes. O falido Orlando procura-a para lhe declarar o seu amor e encontra Ganimedes que o tenta convencer do contrário. Febe apaixona-se por Ganimedes mas, na impossibilidade de uma relação, junta-se ao pastor Silvio. Entre mal-entendidos e amores desencontrados, há-de surgir uma solução, nem que seja através do 'santo matrimónio'».

O espectáculo - co-produção entre o TNDM II e a Comuna Teatro de Pesquisa - estreou quinta-feira passada e estará em cena até dia 14 de Abril. Mais informações aqui.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Cuidados intensivos em Vila do Conde

O programa de encontros, performances e exposições "Cuidados Intensivos" começa amanhã em Vila do Conde. Concebido e coordenado pelo coreógrafo e bailarino Joclécio Azevedo, o certame - integrado no Festival Circular - consiste num programa de acções e encontros mensais com artistas, que acontecem dentro de exposições temporárias em Vila do Conde.

As exposições combinam diversos tipos de vestígios de produções artísticas, tais como partituras, objectos utilizados em performances e edições à volta das artes performativas ou de processos de criação. As exposições do Cuidados Intensivos contam com a participação de Andreas Dyrdal, António Júlio, Flávio Rodrigues, Joana Providência, Miguel Pipa, Né Barros, Paulo Mendes, Pedro Augusto/Ghuna X, Rogério Nuno Costa, Susana Chiocca, Teresa Prima, Vera Santos e Victor Hugo Pontes.

A entrada é gratuita em todos os eventos. O programa está disponível aqui: http://www.circularfestival.com.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Sexto Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo

Até dia 24, próximo domingo, está a decorrer a sexta edição do Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo. Com espectáculos do Chile, Argentina, Bolívia, Portugal, Espanha, México e Brasil, a programação ocupa o espaço Memorial da América Latina, projectado pelo arquitecto que criou Brasília Oscar Niemeyer.

Hoje sobem ao palco "Como Arena Entre las Manos" (Argentina) e "Valsa nº 6" (Brasil). A companhia transnacional, sediada em Portugal, Peripécia Teatro apresenta no último dia do certame o seu espectáculo "1325". O programa completo pode ser consultado no sítio online do Memorial.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Negócio fechado | Companhia de Teatro de Almada

A Companhia de Teatro de Almada estreia dia 28 de Março Negócio Fechado, de David Mamet.

Em Negócio fechado (no original, Glengarry Glen Ross), Prémio Pulitzer 1984, David Mamet desmistifica o chamado sonho americano. Centrando-se no ambiente de uma agência imobiliária, Negócio fechado sintetiza alguns dos temas habitualmente tratados por Mamet (o excesso de competitividade, a ausência de escrúpulos, e a impiedade para com os mais fracos), imputáveis a alguns sectores da sociedade norte-americana. Nesta peça assiste-se à ruína de um velho vendedor caído em desgraça, numa empresa que promove concursos de vendas com prémios peculiares: um Cadillac para o vencedor, uma colecção de facas para o segundo classificado, e o despedimento imediato para os restantes.

 Encenação de Rodrigo Francisco com interpretação de Alberto Quaresma, Ivo Alexandre, Marques D’Arede, Miguel Sopas, Paulo Guerreiro, Pedro Lima e Pedro Walter, estará em cena até 28 de Abril, no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada.

terça-feira, 19 de março de 2013

A elegante melancolia do crepúsculo

A elegante melancolia do crepúsculo, que interpela (e transpõe) as fronteiras entre o teatro e o cinema, baseia-se no tríptico Luzes da cidade, O grande ditador e Luzes da ribalta, de Charles Chaplin: três marcos da História do cinema, que constituem três exemplos máximos do seu génio e nos quais o célebre realizador fala da vida, do amor, da sobrevivência e da solidariedade. Calvero, o derradeiro personagem de Chaplin procura, como o Fausto de Goethe, a juventude perdida através da memória musical.

Neste projecto com dramaturgia de Roberto Merino, Luísa Pinto centra-se na relação entre estas duas áreas de criação; teatro/cinema, com o objectivo de despertar no espectador duas percepções da acção  a imediata vista pelo público no momento em que a acção decorre e a vista em projecção  Os actores contracenam com a tela, entrando e saindo da mesma, em presença corporal e virtual por esta forma multimédia, é como se o dispositivo cénico estivesse dentro do olhar de uma câmara. Também a música está presente em todo o espectáculo  à semelhança do cinema mudo, o piano narra a acção como se de um segundo texto se tratasse.

A elegante melancolia do crepúsculo é uma encenação de Luisa Pinto, com dramaturgia de Roberto Merino, direcção musical de Bernardo Soares e interpretação de Isabel Carvalho, João Costa e Valdemar Santos.

A partir de 20 de Março no Cine Teatro Constantino Nery.

segunda-feira, 18 de março de 2013

WILDE . estreia na culturgest . 22-23 março

O designado “teatro de repertório” assenta num princípio de repetição e diferença: a mesma peça é apropriada por sucessivas companhias, ou por sucessivos encenadores, uma vez após outra, durante décadas ou séculos. Pratica-se o equilíbrio entre a reiteração ritualista da sua qualidade (a repetição em si) e a revelação mais pura da sua essência dramatúrgica. Entre a designada “atemporalidade” e o novo. Entre a tradição e o maneirismo, ou a iconoclastia. Entre o cânone e a tentativa de reflectir, sobre ele, (mais) um olhar idiossincrático. Entre a história das sucessivas versões da peça e o propósito de quem tenta desafiar essa história, ou inscrever-se nela. Dialécticas.

Wilde é o resultado de uma colaboração entre a companhia de teatro mala voadora e o bailarino e coreógrafo Miguel Pereira, do Rumo do Fumo. Baseia-se na peça de Oscar Wilde e, mais especificamente, no registo áudio da sua versão radiofónica produzida pela BBC Radio 7. O espectáculo é uma apropriação desse registo de uma performance do passado, ela própria uma apropriação de uma peça do seu passado. É um espectáculo historicista, ou arquivista. E não é.

domingo, 17 de março de 2013

Daniel Veronese Prémio Max Ibero-americano 2013

O comité organizador dos Prémios Max de las Artes Escénicas concedeu por unanimidade o Prémio Max Ibero-americano 2013 ao argentino Daniel Veronese na XVI edição deste prémio de grande prestígio internacional, por ter estabelecido uma ponte entre Espanha e a América Latina na dupla faceta de autor e encenador. Esta categoria dos Prémios Max reconhece uma entidade, companhia, espetáculo ou profissional ibero-americano que, pelas suas contribuições, se tenha destacado no âmbito das artes cénicas ao longo da sua carreira. Entre outros, já receberam este prémio Alicia Alonso, Héctor Alterio, Les Luthiers, Julio Bocca e o FITEI (em 2008).

sábado, 16 de março de 2013

Um espectáculo de realidade no TeCA


 "Adalberto Silva Silva – Um espetáculo de realidade", peça de Jacinto Lucas Pires, pode ser vista até amanhã (às 16h00) no Teatro Carlos Alberto (Porto). Este "telejornal da alma de um anti-herói português", apresenta Adalberto, homem solitário e tímido que se apaixona perdidamente por uma desconhecida no supermercado. Conta a sua história no seu telejornal sentimental, entre anúncios publicitários e interrupções para “compromissos espirituais”. Este espectáculo criado em austeridade é resultado do encontro entre o autor e o actor Ivo Alexandre, que são aqui agentes de si próprios, sem encenador, sonoplasta, figurinista, produtor ou companhia.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Cervantes pela companhia Els Joglars


O Teatro Pavón (Madrid) recebe no próximo dia 27 a estreia de "El coloquio de los perros", um espectáculo co-produzido pelo grupo Els Joglars e a Companhia Nacional de Teatro Clássico espanhola. A peça é uma adaptação livre do conto homónimo de Miguel Cervantes - incluído na série "Novelas ejemplares" - por Albert Boadella e Martina Cabanas. A encenação está a cargo de Ramon Fontserè (que também estará em palco juntamente com Pilar Sáenz, Dolors Tuneu, Xavi Sais e Xevi Vilà). A grupo catalão Els Joglars já marcou a sua presença no FITEI por duas vezes com muito sucesso. A primeira foi em 1986 com "Os Virtuosos de Fontainebleau" e a segunda em 2000 com "Daaalí".

 Mais informações aqui: http://www.elsjoglars.com.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Mulheres, activismo e paz


Uma reflexão acerca do universo feminino e do papel das mulheres na sociedade é o que propõe o espectáculo "1325", que estará em cena amanhã e depois no CELCIT (Buenos Aires, Argentina). Remetendo para o número da resolução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que incide sobre a importância da participação das mulheres na criação da paz, a peça da companhia transnacional Peripécia (sediada em Portugal) apresenta três personagens: três idosas que vivem num espaço habitado por roupas e memórias.

A narrativa é composta por diversos quadros que abordam o activismo feminino. Em palco estarão os actores e criadores da obra Angel Fragua, Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho. A dramaturgia e encenação estão a cargo de José Carlos Garcia.

Mais informações no sítio online do CELCIT.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Documentário e Mesa-redonda Teatro e Comunidade

©Susana_Neves  Foto do espectáculo 'Meto a Colher', de PELE [FITEI 2011]

Em Teatro e Comunidade, a PELE – Espaço de Contacto Social e Cultural, associação criada no Porto em 2007, coloca em perspectiva três dos seus últimos projectos de envolvimento de comunidades locais com linguagens artísticas como a poesia, o teatro, a música e a dança. O documentário Passo a Passo, que será exibido no Mosteiro de S. Bento da Vitória amanhã, dia 14 de Março, regista, com a câmara ao ombro, os caminhos percorridos pelo Grupo de Teatro Comunitário da Vitória durante a construção de Peregrinações (2012), espectáculo apresentado no âmbito do evento Manobras no Porto.

Em Teatro e Comunidade, os documentários – bem como as performances e a mesa-redonda que os complementam – fazem-se de passos em direcção aos outros, questionando a capacidade da arte para gerar encontros imprevistos e inclusivos. A Mesa-redonda Teatro e Comunidade terá a participação de Edith Scher (Matemurga – Grupo de Teatro Comunitário, Argentina), Hugo Cruz (PELE), Rita Wengorovius (Escola Superior de Teatro e Cinema), José Brochado (Projeto Peregrinações) e Mário Moutinho (FITEI), como moderador.

terça-feira, 12 de março de 2013

Três dedos abaixo do joelho volta a ser apresentado

©MagdaBizarro

Depois de ter recebido o Prémio SPA para Melhor Espectáculo de Teatro de 2012, Três dedos abaixo do joelho volta a ser apresentado em Portugal, em Viseu e Vila Real. Este espectáculo criado a partir dos arquivos de censura de teatro durante a ditadura salazarista estreou durante a última edição do alkantara festival, no TNDMII e, durante 2013, fará digressão em Portugal, Bélgica, França e Itália.

Três dedos abaixo do joelho, a partir de relatórios dos censores do Secretariado Nacional de Informação do Estado Novo, texto e encenação de Tiago Rodrigues com Isabel Abreu e Gonçalo Waddington é apresentado no dia 16 de Março no Teatro Viriato, Viseu e no dia  30 de Março no Teatro de Vila Real.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Manifesto CAM volta para 5 únicas apresentaç​ões


Apresentado entre 26 de Novembro e 16 de Dezembro de 2012, C. A. M., ponte para um renascer de espaço e trabalho, um confronto entre morte e vida, húmus, será reposto entre 14 e 18 de Março de 2013, pelas 21.30h, num armazém situado em frente ao Teatro Meridional, no Beco da Mitra, Rua do Açúcar, ao Poço do Bispo, em Lisboa.

C. A. M. foi considerado um dos dez melhores espectáculos do ano de 2012, pelo semanário Expresso, no balanço do seu suplemento Atual do dia 29.12.2012.

C. A. M. – Conceito, Arquivo, Museu – é um evento performativo na linha do PERFINST em investigação pelo colectivo KARNART, um espectáculo-manifesto que conta com a participação de uma série de jovens performers e ajusta contas com o passado, usando o presente para confrontar o futuro, que felicita.

Com C. A. M. a KARNART despede-se do armazém que foi sede da estrutura entre Agosto de 2009 e Março de 2013.

Integram o colectivo C. A. M., sob direcção de Luís Castro e Vel Z, os performers Magda Gautier, Fernando Grilo e André Santos, e os jovens artistas André Fialho, Artur Moura, Carina Costa, Diana Serrano, Hugo Coutinho, Hugo Rodrigues, Inês Mendes, Laura Gonçalo, Luana Melo, Mafalda Ferraz, Marcos Marques, Mário Mendes, Miguel Valle Grilo e Tiago Correia. Apoio Técnico de Ricardo Pinto.

domingo, 10 de março de 2013

LA VIDA ES SUEÑO no Lliure

O Teatro Lliure, em Barcelona, tem em cena LA VIDA ES SUEÑO, uma nova abordagem ao clássico de Calderon de la Barca encenada por Helena Pimenta. Esta versão, da autoria de Juan Mayorga, conta com a interpretação de Blanca Portillo no papel de Segismundo.

LA VIDA ES SUEÑO, de Calderón, é um dos textos mais belos e expressivos do Século de Ouro do teatro espanhol. Foi estreada em 1635. Juan Mayorga afirma, a propósito deste texto, ‘se a condição do clássico é a sua permanente actualidade, não há clássico no nosso teatro que o seja tanto como LA VIDA ES SUEÑO.

Este espectáculo estará em cena até 17 de Março na sala MONTJUÏC. Trata-se de uma produção da Compañía Nacional de Teatro Clásico.

sábado, 9 de março de 2013

"André y Dorine" em Madrid

Depois de dois anos em digressão internacional e de vários prémios, o espectáculo "André y Dorine", do ​​Kulunka Teatro, companhia sediada no País Basco, será apresentado em Madrid, na Kubik Fabrik, entre 14 e 17 do mês corrente, às 20h.

André e Dorine são um singular casal de anciãos cuja relação caiu na rotina. O que outrora tinha despertado a paixão um no outro tornou-se indiferente ou até mesmo motivo de perturbação. Mas a doença vem quebrar a monotonia: Alzheimer, que devora as memórias e a identidade. Mas esta significa também um novo começo para a relação de André e Dorine. A encenação desta peça, que remete para o universo das marionetas, sem diálogos, está a cargo de Iñaki Recarte e no palco estão Jose Dault,Garbiñe Insausti e Edu Cárcamo.

Mais informações no sítio online da Kubrik Fabrik.

sexta-feira, 8 de março de 2013

PERIFERIAS - Festival Internacional de Artes Performativas de Sintra


Teve ontem início a segunda edição do Festival Internacional de Artes Performativas de Sintra - Periferias. Organizado pelo Chão de Oliva - Centro de Difusão Cultural, este certame tem como objectivo a configuração de um arquivo da produção teatral das regiões periféricas dentro e fora de Portugal, com prioridade, nesta última geografia, para os países de língua portuguesa, que este ano estão representados por Moçambique e Brasil. Além da apresentação de espectáculos, o festival, que decorre até dia 17, conta também com uma exposição reveladora do percurso do Chão de Oliva, que pretende privilegiar a convivência entre criadores, a formação e a reflexão.

Hoje serão apresentados "O Funâmbulo" (manipulação de som e objectos), da Alma d’Arame (Portugal), na Casa Teatro Sintra, e no Cine-Teatro Eduardo Brazão, no Bombarral, "A cavaqueira do poste", do Grupo Teatral Lareira (Moçambique). Todo o programa pode ser consultado aqui.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Voadora nos prémios Max e María Casares


O espectáculo «Tokio3», da companhia galega Voadora é finalista dos Prémios Max de Teatro na categoria de Melhor Espectáculo Revelação. O vencedor será revelado dia 13 de Maio, durante a Gala Max, em Madrid.

Está também nomeado para nove distinções dos Prémios de Teatro María Casares. Marta Pazos concorre nas categorias de melhor encenadora, cenógrafa e actriz; o português Hugo Torres de melhor actor; Baltasar Patiño para melhor iluminação; Fany Bello para melhor maquilhagem; Uxía Vaello em figurinos; José Díaz e Hugo Torres para melhor música original. Os vencedores serão dados a conhecer a 27 de Março

A companhia, que participou já no FITEI com bastante sucesso, apresenta também a partir de hoje e até domingo a peça «Happy End» (na imagem), no festival ALT13, em Vigo. O programa pode ser consultado aqui.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Co-produção Teatro da Terra e Comédias do Minho

Estreia hoje em Ponte de Sor, PAISAGEM, guião e encenação de João Pedro Vaz com Luís Filipe Silva, Patrícia André e o grupo Mensagem de Teatro, produção do Teatro da Terra em parceria com as Comédias do Minho. Baseada em textos de Tchekhov, Turguénev, Thoreau e Whitman,“esta é uma peça principalmente poética, que retrata a vida no meio natural, é uma peça para reflectir o que é a vida no meio da natureza”.

Estará no palco do Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, onde vai ser representada até 17 de Março.

terça-feira, 5 de março de 2013

A Visita da Velha Senhora, novo projecto de Nuno Cardoso

Em 1956, Dürrenmatt escreve uma peça fulgurante sobre uma cidade arruinada que espera a visita da mulher mais rica do mundo para encontrar o seu resgate económico. Exactamente cinquenta e seis anos depois, seria difícil encontrar um texto que nos devolvesse com maior precisão a confusão ética e política em que o estado de necessidade financeira lança uma comunidade que sempre se regeu por valores convencionais. Claire Zachanassian é o arquétipo do poder, da sua discricionariedade e do seu lado pulsional. É a face do dinheiro, fria e determinada. Esta montagem d’ A Visita da Velha Senhora é, pelo contrário, a face da colaboração e das virtualidades da partilha artística e de investimento com o objectivo de construir um espectáculo a escala que já não é habitual, nestes tempos de todas as crises. Duas companhias e dois teatros (para já…) juntam esforços, elencos, equipas criativas e técnicas, para persistir na ideia do Teatro como um mecanismo, negro e cómico, de questionamento de nós próprios.

Texto de Friedrich Dürrenmatt, tradução e João Barrento e encenação de Nuno Cardoso, A Visita da Velha Senhora estreia dia 7 de Março no Teatro Municipal S. Luiz, em Lisboa. Até 27 de Março. A interpretação é de Maria João Luís, Horácio Manuel, Cândido Ferreira, Luís Lucas, Tónan Quito, Pedro Frias, Daniel Pinto, João Melo e Companhia Maior: António Pedrosa, Carlos Nery, Celeste Melo, Cristina Gonçalves, Diana Coelho, Helena Marchand, Isabel Millet, Isabel Simões, Iva Delgado, Jorge Falé, Júlia Guerra, Kimberley Ribeiro, Manuela de Sousa Rama, Paula Bárcia, Vitor Lopes.

segunda-feira, 4 de março de 2013

O Teatro do Vestido com Paredes de Vidro em Lisboa


O Teatro do Vestido estreia em Lisboa PAREDES DE VIDRO, que estará em cena de 6  a 10 de Março de 2013, no CCB.

Eles são pais. E esta peça é sobre essa condição que eles três partilham.

‘Não sei quando é que comecei a ser pai e a tentar desenrolar isto,’ diz ele;

‘Tinha vontade de te ter, tive sempre vontade de te ter, não sabia se tinha jeito vocação ou sei lá como se chama,’ diz ela;

‘Tinha medo, pensava que não era corajosa,’ diz a terceira deste trio.

Depois dizem mais coisas. Por vezes não dizem, fazem só, e nesse gesto observamos acima de tudo a sua luta para conseguirem. Paredes de Vidro é um espectáculo sobre essa luta.

Direcção, Textos: Joana Craveiro
Co-criação e Interpretação: Gustavo Vicente, Inês Rosado, Isabel Gaivão

domingo, 3 de março de 2013

O Peso de Uma Semente no Teatro Maria Matos

Depois da estreia no Festival Guidance no CC VilaFlor em Guimarães, neste fim-de-semana no Teatro Maria Matos, dias 2 e 3 de Março, 'a menina dos meus olhos associação cultural' apresenta O PESO DE UMA SEMENTE, de Marina Nabais.

Partindo do paradoxo do esforço e da inércia, e fruto de uma residência artística com adolescentes, revela-se "O PESO DE UMA SEMENTE". Se numa balança dois pesos se equilibram estagnando, o que os fará mover? O peso de uma semente. Ela encerra em si o potencial, a origem e a reprodução da vida. É o princípio de todo o movimento. Com a medida certa de esforço, esse peso - medido em apenas miligramas - recai sobre a terra e transforma-se em vida e forma, ao longo do tempo. O PESO DE UMA SEMENTE é a dança como metáfora de Vida, onde o esforço não é mais desmedido. Desenvolve-se em dois momentos: um prólogo, em estreita relação com jovens de cada local de acolhimento; e um solo de dança criado em relação com a música e espaço sonoro. A residência artística teve lugar em Guimarães, onde se contou com a colaboração de jovens na criação/interpretação/música do prólogo e na confecção dos figurinos.

Em Lisboa a residência artística contou com alunos do Conservatório Nacional.

Direção Artística/ Coreografia/Interpretação | Marina Nabais

sábado, 2 de março de 2013

Discursos de um "Portugal emoldurado"

"Anteontem", peça do Teatro Inédito do Porto, tem hoje a sua última apresentação no Espaço Contagiarte (Porto), às 22h00. Com texto e encenação de Paulo Freitas, o espectáculo parte de um pressuposto singular: o tempo parou na manhã do dia 23 de Abril de 1974. Os dois actores em palco (Jorge Delgado e Pedro Miguel Dias) são dois homens que representam facções opostas. Um é opositor ao Estado Novo e o outro é polícia da DGS - Direcção Geral de Segurança (antiga PIDE). Ambos falam de um Portugal sonhado, "um Portugal emoldurado em cabeças que acreditavam nele". De referir que a banda sonora é original e interpretada ao vivo por Luís Ferreira.
Mais informações no sítio do Teatro Inédito do Porto - TIPO: http://teatroineditodoporto.weebly.com.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Cenas sobre a violência de Estado, em São Paulo

Orientada para um teatro de reflexões políticas, sociais e estéticas, a companhia brasileira Kiwi apresenta a partir de hoje no espaço Grande Otelo, em São Paulo, o seu mais recente trabalho "Morro Como um País". Transformação, justiça, violação dos direitos humanos e violência de Estado são os temas tratados. Escrito e dirigido por Fernando Kinas, este solo interpretado por Fernanda Azevedo é composto por 33 cenas autónomas, que nasceram de uma mistura de textos ficcionais, artigos de jornal, depoimentos de vítimas de repressão e músicas nacionalistas.

A sua principal referência é o texto "Morro Como um País", escrito em 1978 por Dimitris Dimitriadis, escritor e poeta grego. Testemunho sobre a "ditadura dos coronéis" que dominou a Grécia entre 1967 e 1974, o livro descreve de modo metafórico a destruição total de um país.

A peça pode ser vista até dia 28 de Abril. Mais informações na sítio da companhia: http://www.kiwiciadeteatro.com.br.